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Uso das sobras do maracujá leva pesquisadores à final do Prêmio Péter Murányi

A polpa do maracujá, azeda ou doce, tem seu uso consagrado na culinária brasileira. Mas pouca gente sabe que a casca e as sementes que geralmente vão para o lixo têm potencial agroindustrial.

Esta é a ideia central do trabalho “Inovações tecnológicas para o desenvolvimento de co-produtos derivados dos resíduos das agroindústrias processadoras de maracujá”, um dos finalistas da 11ª edição do Prêmio Péter Murányi, que receberá menção honrosa em solenidade marcada para 18 de abril em São Paulo. Seus autores são os professores e pesquisadores Eder Dutra de Resende, Eliana Monteiro Soares de Oliveira e Suelen Alvarenga Regis, do Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, de Campos dos Goytacazes (RJ). O trabalho faz parte de uma iniciativa liderada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos para promoção do Arranjo Produtivo Local do Maracujá no Norte Fluminense (APL-Maracujá).

As pesquisas com olhar em toda a cadeia produtiva (do campo a agroindústria) têm dado literalmente bons frutos. O APL-Maracujá, financiado pela FAPERJ e liderado pelo pesquisador Sérgio Agostinho Cenci, da Embrapa, conquistou entre outras coisas a instalação de uma unidade industrial em Bom Jesus do Itabapoana, a Extrair Óleos Naturais. A empresa adotou as orientações dos pesquisadores da Embrapa e da Uenf para produzir óleo das sementes de maracujá aproveitando os resíduos gerados pelas agroindústrias de polpas e sucos da região. Além do óleo, que é usado na indústria de cosméticos, a empresa também comercializa as sementes secas para fábricas de alimentos.

Outro produto com potencial de mercado e que também é foco das pesquisas é a farinha obtida da casca do maracujá. “A farinha é um produto rico em pectina e carotenoides e pode ser adicionada às refeições”, diz o professor Eder Resende, da Uenf. “A pectina auxilia no controle dos índices de hiperglicemia e colesterol devido às suas propriedades de limpar os açúcares presentes na alimentação.”, explica.

O Brasil produz mais de 600 mil toneladas de maracujá de diversas variedades, cultivadas principalmente por pequenos produtores ou em cooperativas em cerca de 62 mil hectares. Calcula-se que 40% da produção de maracujá, ou 240 mil toneladas, são processados pelas pequenas e médias agroindústrias espalhadas pelo País, o que representa um grande potencial de geração de emprego. Aproveitando-se os 65% da parte do maracujá que hoje é descartada, seria possível dobrar o número de trabalhadores envolvidos em novos negócios.

Na avaliação do professor Eder, todos saem ganhando. A utilização completa da fruta valoriza o produto, reduz o impacto ambiental em relação ao descarte dos resíduos e otimiza o aproveitamento dos recursos usados na produção da fruta. Aumenta ainda a produtividade agrícola, o que fortalece a competitividade industrial, melhora a remuneração dos trabalhadores envolvidos e ajuda a fixar o homem no campo.

Sobre o Prêmio: O Prêmio Péter Murányi visa reconhecer os trabalhos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das populações situadas abaixo do paralelo 20 de latitude norte do globo, especialmente a brasileira. O foco da edição de 2012 foram os trabalhos voltados para a área de Alimentação.

No total, participaram 126 instituições de pesquisa, sendo 15 de outros países da América Latina. Os trabalhos foram avaliados por uma comissão composta por especialistas na área que escolheu três finalistas. Estes foram submetidos a um júri que indicou o vencedor por voto secreto.

Além das pesquisas com maracujá, o trabalho “Biofortificação de Produtos Agrícolas para Nutrição Humana - HaverstPlus, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, chegou a final do Prêmio Péter Murányi 2012 e também receberá menção honrosa.

O vencedor desta edição foi “A variedade de mandioca de mesa IAC 576-70 como agente transformador na segurança alimentar de populações de baixa renda, pequenos agricultores e patrimônio genético”, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Mais informações no site www.fundacaopetermuranyi.org.br

 

Outras informações:
Acadêmica Agência de Comunicação – www.academica.jor.br

Érika Coradin – O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

11 5549-1863 / 5081-5237


Professor Eder Resende ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )
Universidade Estadual do Norte Fluminense
22 2739 7346

Pesquisador Sérgio Cenci ( O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. )

Embrapa Agroindústria de Alimentos

21 3622 9641


Jornalista Soraya Pereira (MTB 26165/SP)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

21 3622 9739 ou 9881 0535 – O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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